Inquérito do caso do bolo envenenado aponta Deise Moura dos Anjos como autora dos crimes

Inquérito do caso do bolo envenenado aponta Deise Moura dos Anjos como autora dos crimes

Foto: Divulgação

A investigação sobre o caso do bolo envenenado, denominado Operação Acqua Tofana, foi concluída e teve o inquérito policial encaminhado à Justiça na quinta-feira (20). O resultado apontou Deise Moura dos Anjos como autora de quatro homicídios triplamente qualificados e quatro tentativas de homicídio com as mesmas qualificadoras.


O processo referente ao caso do bolo contou com mais de 1 mil páginas e incluiu 24 perícias realizadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), além de 25 depoimentos e sete relatórios técnicos. Já o inquérito que investigou a morte do sogro de Deise, reuniu mais de 400 páginas, incluindo quatro perícias, 25 depoimentos e sete relatórios técnicos.


Linha do Tempo da Investigação

Principais Evidências

A investigação reuniu provas materiais e testemunhais que corroboram a autoria do crime. Entre os principais elementos estão:

  • Compras registradas de substâncias tóxicas em agosto de 2024
  • Depoimentos que indicam comportamentos suspeitos da investigada
  • Cartas escritas por Deise contendo menções a desavenças familiares e ao uso de veneno

Detalhes das Cartas Deixadas

As cartas escritas por Deise Moura dos Anjos revelam ressentimentos e conflitos familiares. Em um dos trechos, ela menciona:
"Muito obrigada por esses 20 anos que fez da minha vida de casada um inferno. Mais uma vez eu sou a vilã e você a mocinha. Conseguiu ficar com tudo o que é meu, minha família, minha casa", referindo-se à sogra.


Em outra carta, ela menciona sua depressão e a compra do veneno:
"A droga do veneno que comprei pra mim (pois te falei que estava muito depressiva e nesses momentos a gente não pensa) (...) mas chegou em 03/12."


Inquérito sobre a Morte do Sogro

O inquérito referente à morte do sogro de Deise Moura dos Anjos apontou indícios de envenenamento. A exumação do corpo revelou a presença de substâncias tóxicas compatíveis com as encontradas na perícia do bolo. Depoimentos também indicaram que Deise mantinha um histórico de atritos com o sogro e que, antes da morte dele, ela havia feito comentários sugerindo que algo poderia acontecer com ele.


Apesar das evidências, Deise não foi indiciada devido à extinção da punibilidade, conforme previsto no Artigo 107, inciso I, do Código Penal.


Em 13 de fevereiro, Deise foi encontrada morta na cela da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, onde estava presa.


Encaminhamento ao Ministério Público

Com a morte da suspeita, o inquérito será remetido ao Ministério Público, que deverá pedir o arquivamento do caso.



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